1 - Sua especialidade é a que lida mais de perto com um fenômeno ainda inexplicável: a morte súbita. O sujeito esta aqui, conversando, de repente não existe mais. Você já conseguiu entender isso?
R: Encarar a morte é difícil, encarar a morte de um paciente é pior ainda. Ninguém gosta de perder e, de uma certa forma, perder um paciente é perder a guerra. Quando isso acontece, a gente costuma fazer um retrospecto: o que poderia ter sido feito diferente? Nada podia ter sido feito diferente? Então você fica tranqüilo porque ninguém é Deus.
2 – Mas do ponto de vista espiritual, já entendeu a morte súbita?
R: Cientificamente, eu posso morrer nesta entrevista. Uma coronária minha fecha, sofro uma arritmia cardíaca e morro. Do ponto de vista espiritual, evidentemente, não sei porque as pessoas morrem de repente. Mas acredito em destino. Porque um bebê nasce sem vida e um homem chega com saúde aos 90 anos, depois de passar por várias cirurgias? Isso é um campo muito complexo.
3 – São Paulo e as demais cidades metropolitanas têm um estilo de vida que aumenta muito o risco de doenças cardiovasculares, não?
R: Doença cardíaca é doença de país desenvolvido. Há um “kit” de risco – estresse, alimentação, hipertensão, cigarro, sedentarismo, além do histórico familiar, que não se consegue controlar.
4 – Se você tivesse de escolher, qual seria o número 1 entre os fatores de risco controláveis?
R: Primeiro, a falta de exercício. Depois, o colesterol alto. O Dr. Zerbini, pioneiro da cirurgia cardíaca no Brasil, costumava dizer uma frase: “Sua vida está nos seus pés”. E ele estava certo. A ciência já comprovou que o elixir da vida está no exercício. O exercício físico tem impacto nos níveis de pressão, na saúde das artérias.
5 – Há pouco, o Presidente Lula foi atendido ás pressas com uma crise hipertensiva. Você o submeteu a uma série de exames e a conclusão foi a de que ele não é hipertensivo, foi só um pico. Como se distingue um pico de pressão da hipertensão verdadeira?
R: Há uma série de parâmetros para determinar isso – entre eles, um aparelhinho chamado Holter, que mapeia a pressão do paciente 24 horas seguidas. Não basta você entrar no meu consultório estressado, acima do peso, eu tirar sua pressão e ela estar alta. Você é hipertensivo? Não sei. No caso do presidente Lula, ele nunca teve pressão alta antes desse episódio.
Fonte: Revista GOWHERE/BAHIA Nº8/2010
R: Encarar a morte é difícil, encarar a morte de um paciente é pior ainda. Ninguém gosta de perder e, de uma certa forma, perder um paciente é perder a guerra. Quando isso acontece, a gente costuma fazer um retrospecto: o que poderia ter sido feito diferente? Nada podia ter sido feito diferente? Então você fica tranqüilo porque ninguém é Deus.
2 – Mas do ponto de vista espiritual, já entendeu a morte súbita?
R: Cientificamente, eu posso morrer nesta entrevista. Uma coronária minha fecha, sofro uma arritmia cardíaca e morro. Do ponto de vista espiritual, evidentemente, não sei porque as pessoas morrem de repente. Mas acredito em destino. Porque um bebê nasce sem vida e um homem chega com saúde aos 90 anos, depois de passar por várias cirurgias? Isso é um campo muito complexo.
3 – São Paulo e as demais cidades metropolitanas têm um estilo de vida que aumenta muito o risco de doenças cardiovasculares, não?
R: Doença cardíaca é doença de país desenvolvido. Há um “kit” de risco – estresse, alimentação, hipertensão, cigarro, sedentarismo, além do histórico familiar, que não se consegue controlar.
4 – Se você tivesse de escolher, qual seria o número 1 entre os fatores de risco controláveis?
R: Primeiro, a falta de exercício. Depois, o colesterol alto. O Dr. Zerbini, pioneiro da cirurgia cardíaca no Brasil, costumava dizer uma frase: “Sua vida está nos seus pés”. E ele estava certo. A ciência já comprovou que o elixir da vida está no exercício. O exercício físico tem impacto nos níveis de pressão, na saúde das artérias.
5 – Há pouco, o Presidente Lula foi atendido ás pressas com uma crise hipertensiva. Você o submeteu a uma série de exames e a conclusão foi a de que ele não é hipertensivo, foi só um pico. Como se distingue um pico de pressão da hipertensão verdadeira?
R: Há uma série de parâmetros para determinar isso – entre eles, um aparelhinho chamado Holter, que mapeia a pressão do paciente 24 horas seguidas. Não basta você entrar no meu consultório estressado, acima do peso, eu tirar sua pressão e ela estar alta. Você é hipertensivo? Não sei. No caso do presidente Lula, ele nunca teve pressão alta antes desse episódio.
Fonte: Revista GOWHERE/BAHIA Nº8/2010